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História dos Batistas no Mundo A história mundial dos Batista pode ser contada a partir de duas raízes principais: 1. Das suas doutrinas 2. E do surgimento no cenário mundial com o nome Batista Considerando as Raízes Doutrinárias, os Batistas saem diretamente das páginas do Novo Testamento: dos lábios e ensinos de Jesus e dos apóstolos e tem sua trajetória marcada pela oposição a toda corrupção da doutrina cristã claramente exposta no Novo Testamento. A corrupção de algumas doutrinas e práticas do cristianismo começaram a surgir muito cedo em sua história, como pode ser constatado nos escritos dos apóstolos. Esta corrupção foi se ampliando após a "conversão" do Imperador Constantino ( 306 a 337) ao cristianismo, ocorrida a partir de 312 quando incorporou a cruz ao seu estandarte e passou a favorecer os cristãos. Muitos destes resistentes rejeitavam as inovações doutrinárias e as praticas e por isso foram perseguidos,exilados e mortos. Eles mantiveram acesas as doutrinas cristãs genuínas e possibilitaram, que através dos tempos, outros se levantassem na Idade Média como Cláudio de Turim, Pedro de Bruys e Henrique de Lausanne, Pedro Vado João Wycleffe, João Husse muitos outros. Com o surgimento da Reforma Protestante liderada por Martinho Lutero, e deflagrada em 31 de outubro de 1517 quando da publicação das suas famosas 95 teses, na porta do Castelo de Wittenberg, criou-se a oportunidade de que muitos grupos dissidentes intensificassem suas pregações, e entre eles os chamados Anabatistas que sustentavam muitas doutrinas que os batistas esposam e representavam o grupo mais ativo e poderoso daquele momento. O nome que lhes foi dado Anabatistas "significa os rebatizadores". Finalmente, 1608 um grupo de refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca da liberdade religiosa, liderados por John Smyth que era pregador e Thomas Helwys que era advogado, organizaram em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrina batista, como era o sonho dos dois lideres. John Smyth batizou-se por imersão e em seguida batizou os demais fundadores da igreja, constituindo-se assim a primeira igreja organizada, tendo como espelho as doutrinas do Novo Testamento inclusive o batismo por imersão e mediante a profissão de fé em Jesus Cristo. Com a morte de John Smyth logo depois, e da decisão de Thomas Helwys e seus seguidores de regressarem para a Inglaterra, a igreja organizada se desfez e parte dos seus membros se uniram aos menonitas. Como as perseguições na Inglaterra estavam aumento no período de 1534 a 1688, foi o jeito de muitos anabatistas (batistas) deixarem este país e rumarem para os Estados Unidos (Nova Inglaterra). Viam na América uma nova Canaã. E acertaram. Muitos pastores pregavam a emigração em massa. Igrejas inteiras foram transferidas da Inglaterra e do País de Gales para os Estados Unidos. O primeiro grupo de batistas a emigrarem ainda eram conhecidos como anabatistas. Veja o relato do livro "A História das Religiões" página 489: "Um outro grupo correu para Providence, logo nos primórdios da existência deste centro, não só foi bem acolhido por Roger Williams, como logrou sua adesão. Este grupo era o dos Anabatistas, ou como são mais conhecidos, batistas". Provavelmente esse grupo veio junto com os puritanos do Mayflower em 1620. Mas descobertos pelos puritanos de Boston foram expulsos de lá em pleno inverno rigoroso de 1638. Negavam-se a entregar suas crianças para o batismo infantil dos presbiterianos e dos congregacionalistas. Encontraram em Roade Island um abrigo para sua fé. Formaram uma igreja anabatista em Newport neste mesmo ano. No ano seguinte fundaram uma igreja batista em Providence. Hoje os Estados Unidos é o país mais evangelizado do mundo. Os batistas são o maior corpo denominacional do país, com milhões e milhões de adeptos esparramados em todo canto das terras americanas. História dos Batistas no Brasil O trabalho dos batistas no Brasil começou a se organizar a partir da região Sudeste, com a chegada de missionários, imigrantes norte-americanos, em Santa Bárbara do D’Oeste, São Paulo, que em 10 de Setembro de 1871 organizaram a Primeira Igreja Batista em terras brasileiras. Mas os cultos eram realizados em inglês, para servir aos imigrantes norte-americanos. O primeiro culto em português ocorreu dez anos depois com achegada ao Brasil do missionário Willian Buck Bagby e sua esposa Anne Luther Bagby, que aprenderam o português no Colégio Presbiteriano de Campinas. Um dos instrutores do casal foi o ex-padre Antônio Teixeira de Albuquerque. Ele converteu-se ao protestantismo sozinho ao estudar a Bíblia. Tornou-se o primeiro brasileiro a ser consagrado pastor batista. Naquele mesmo ano, o casal Bagby, Zachary Clay Taylor e sua esposa KateS. Taylor dando sequência ao plano evangelístico, foram para Salvador, Bahia onde fundaram a Primeira Igreja Batista do Brasil. As organizações batistas americanas começaram a investir, mandando obreiros que aqui chegavam trazendo consigo o modelo da estrutura eclesiástica americana. Além da estrutura cuidadosamente organizada, as igrejas brasileiras fizeram questão de manter o modelo congregacional de governo,caracterizado pela autonomia de cada igreja local, uma marca dos batistas que predomina hoje. Em 1907, as igrejas passaram a se agrupar nas chamadas convenções, com o objetivo de gerir causas comuns. Este trabalho ampliou-se, buscando a cooperação entre as igrejas. Foi organizada, então, a CBB (Convenção Batista Brasileira) no dia 22 de Junho daquele mesmo ano. História dos Batistas Nacionais Renovação Espiritual nasceu no coração de D. Rosalee Mills Appleby, de José Rêgo do Nascimento e de Enéas Tognini. Depois, o fogo, na misericórdia de Deus, se alastrou para outras vidas, para outras igrejas e para outras denominações. Renovação Espiritual, como a palavra bem o expressa, é aproveitar o que existe. José Rego do Nascimento gritou muitas vezes "Renovação Espirirual é uma mensagem bíblica no poder do Espírito para sacudir as igrejas que existem, mas que dormem embaladas pelo comodismo e pela inatividade." Quando esta mensagem começou a entrar nas igrejas históricas, correspondia exatamente ao anseio do nosso povo. Era resposta divina de orações que os servos do Senhor fizeram de joelhos, ou com o rosto em terra e com lágrimas. Igrejas se dispertaram e começaram a viver no poder do Espírito e a experimentarem vitórias retumbantes no Senhor. E o Reino cresceu. Mas neste momento o inimigo furioso, quis destruir. Conseguiu dividir a unidade batista e o mesmo aconteceu com outras denominações históricas. Após muitos acontecimentos, oficialmente, em janeiro de 1965, na cidade de Niterói, a Convenção Batista Brasileira excluiu cerca de 32 igrejas de seu rol. No ano seguinte o número de igrejas desarroladas chegou a 52. A primeira pessoa a pensar na importância de redirecionar estas 52 igrejas recém desligadas da CBB, foi Ilton Quadros, na época, pastor da Igreja Batista do Barreiro, em Belo Horizonte(MG), que conversando com Pr. Artur Freire (Vitória da Conquista- BA), viram que não era bom erguer a bandeira de uma nova convenção, devido aos acontecimentos, então, sugeriram a criação de uma Ação Missionária. Em Janeiro de 1966, organizou-se, a Ação Missionária Evangélica, cuja a sigla era AME. No início houveram confusões, pois um grupo pensava em uma AME batista e outro em uma AME para todos os evangélicos renovados. Esta hetegeneidade trouxe um certo desassossego, mas foram dias de grandes bênçãos. Houveram muitos Encontros de Renovação Espiritual e a obra do Espírito Santo se fez, produzindo plantas que ainda hoje frutificam para a glória de Deus. Era necessário organizar o trabalho, reestruturá-lo e unificá-lo, e somente uma convenção ofereceria balisas seguras para o prosseguimento da obra avivada e nos moldes democráticos que caracterizam as igrejas batistas. Então,em Julho de 1967 os Estatutos da AME foram reformados. As Igrejas não batistas se desligaram da AME e cada qual se organizou de acordo com suas características históricas. Em 16 de setembro de 1967 a AME passou a se chamar Convenção Batista Nacional, por ocasião da primeira Assembléia Geral, realizada na Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte (MG), com a presença de 43 mensageiros, representantes de 19 igrejas. Logo após a organização oficial, a CBN fez constar de seu estatuto um importante artigo, em meio à série de outros que a regulamentam e direcionam os trabalhos e toda a filosofia religiosa desta instituição. É ele o primeiro artigo do estatuto. O que discorre sobre o caráter associativista da instituição enquanto órgão que “congrega igrejas que pugnam por uma genuína renovação espiritual, crentes no batismo do Espírito Santo e nos dons espirituais, como realidades para a Igreja de Cristo presente no mundo”. Temos hoje uma história, uma identidade, um cabedal de valores da maior importância, que são as pessoas, homens e mulheres, “valentes do Senhor”, que fazem desta Convenção relevante e, hoje, reconhecida. |